Extração de areia no Vale do Itajaí

Os impactos ambientais causados por essa atividade mineradora

Déborah Carolina Klug Moreira
Márcia Gabrielle Ravasco
Marina Dutra Garcia as Silva

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Dragas de sucção autotransportáveis

“Morei na Ilhota, as margens do Rio Itajaí-Açu e convivi com ele até 1966. Eu tinha 12 anos. Faz tempo. Era um rio limpo e lembro que tínhamos um trapiche e que meu pai tinha uma batera. Sempre aos finais de semana, quando tinha sol, eu e ele saíamos para andar de batera e pescar.” As lembranças de Maria de Fátima, 56, são semelhantes às de muitos catarinenses, moradores do Vale do Itajaí-Açu. A delegada civil teve a infância marcada pelo rio. O pai tinha o hábito de pescar com “fisga”, espécie de garfo de três dentes. À noite, ele e amigos iluminavam a água, e quando viam o peixe jogavam a tal fisga. “Como índio pescando. Para variar, nunca me levavam. Mas sempre voltavam satisfeitos e com peixe para limpar.”

A ligação de Fátima com o rio não é à toa. O pai, mecânico, era chamado com frequência para consertar os motores das barcaças que tiravam areia do leito do rio. Sempre tinha trabalho e vendia muita areia. A delegada conta que caminhoneiros, moradores da serra do estado, ao passarem por Ilhota, pegavam frete de areia para levar para suas cidades. Para eles, a areia era boa para a construção de alvenaria.

Hoje, o rio Itajaí-açu é a principal fonte de extração de areia do Vale do Itajaí. Angelina Coelho é acadêmica do curso de Oceanografia da Univali, e estagiária do Laboratório de Oceanografia Geológica. Há TANTO TEMPO iniciou um estudo que apresenta o panorama quantitativo e qualitativo da atividade de Extração de Areia no Vale do Itajaí. O trabalho aborda a mineração de areia em suas diversas aplicações e os impactos ambientais que causa.

Na primeira fase do seu estudo, já concluída, Angelina cita o artigo “PERFIL AMBIENTAL QUALITATIVO DA EXTRAÇÃO DE AREIA EM CURSOS D’ÁGUA” de Leandro Camilo de Lelles, Elias Silva, James Jackson Griffith, Sebastião Venâncio Martins, publicado no ano de 2005, para explicar as formas de extração de areia no Vale. A extração é feita principalmente no curso d’água do rio Itajaí-Açu.  Essas dragas podem ser fixas (Beaver) ou autocarregáveis móveis e possuem a finalidade de escavar e remover areia submersa, transportando-a, através de tubulações acopladas ou balsas de estocagem temporárias, para locais previamente selecionados, respectivamente.

De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral, o DNPM, em 2005 o estado de Santa Catarina produziu 6.368.644 m3 de areia bruta e 687.736 toneladas de Areia Industrial. A comercialização do produto gerou, no total, R$ 113.174.483. Abaixo, o gráfico demonstra os índices da produção catarinense de areia e areia industrial entre os anos de 2001 e 2005.


Evolução da produção catarinense de Areia 2001-2005

Santa Catarina é responsável pela maior parte da produção de areia bruta e industrial do Sul do país. A atividade é positiva para a economia da região. No entanto, toda atividade de extração gera impactos no meio ambiente. O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, na Resolução nº 1 de 23 de janeiro de 1986, define impacto ambiental como:

Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afeta: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.

Em sua pesquisa, Angelina avaliou impactos positivos e negativos da extração de areia no Vale do Itajaí, com base em cinco pontos de extração, nas cidades de Rodeio, Blumenau, Gaspar, Ilhota e Itajaí. O estudo ainda está em andamento, e os impactos identificados pela acadêmica devem ser confirmados por um estudo minucioso e um acompanhamento mais frequente das áreas analisadas.

a) Impactos Positivos
1. Geração de empregos;
2. Aquecimento da economia local;
3. Ausência de assoreamento do leito lótico devido à remoção de material (areia);
4. Aumento da receita dos governos estaduais e, principalmente, municipais, por conta do arrecadamento, por parte deles, da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM);
5. Aumento da oferta de areia na região e a consequente melhoria da qualidade de vida pelo uso deste material nos diversos fins a que se destina.

b) Impactos Negativos
1. Aumento da turbidez (partículas em suspensão) no curso d’água em função dos processos erosivos causados nas margens;
2. Aumento da turbidez (partículas em suspensão) por conta do reviramento do leito lótico durante a extração do material (areia);
3. Alteração da geomorfologia do leito lótico;
4. Possível interferência na direção, velocidade e vazão do rio, por conta da remoção dos bancos de areia no leito;
5. Supressão da vegetação ciliar;
6. Incidência de processos erosivos como resultado da supressão da mata ripária, aumento desordenado da profundidade do rio e compactação (pisoteamento e tráfego de maquinarias) do solo no entorno do empreendimento;
7. Danos a microbiota do solo pela maior exposição, causada pela supressão vegetal, deste ao intemperismo;
8. Redução, em área, do hábitat das espécies endêmicas da região explorada;
9. Considerável redução da fauna aquática em função dos movimentos causados pelas dragas de sucção;
10. Redução da riqueza e abundância faunísticas do ambiente lótico explorado;
11. Impacto visual causado pela instalação do empreendimento de extração de areia.

Gabriel Santos de Souza, Gerente de Desenvolvimento Ambiental da Fundação do Meio Ambiente de Itajaí, a FATMA, explica que os impactos ambientais acontecem em maior escala se a extração for feita em desacordo com a legislação. A FATMA é a entidade responsável pelo licenciamento ambiental, ferramenta utilizada pelo poder público para controlar a atividade. Em entrevista, Gabriel declara: “toda atividade (de extração) causa degradação ambiental, independente da forma como ela é tratada. Então nós queremos é minimizar isso, tentar trazer um desenvolvimento sustentável”. O controle da FATMA visa garantir que as próximas gerações ainda tenham acesso ao mineral, sem que haja grandes prejuízos ao meio ambiente.

Apesar de a FATMA confirmar os impactos da extração, Ana Denice, responsável pela empresa Maiomaq Terraplanagem Ltda., que realiza este trabalho no município de Itajaí, acredita que não há dano ambiental algum, pois a empresa possui as licenças para operar.

Ainda segundo Gabriel, há muitas empresas que realizam a extração de areia no Alto Vale do Itajaí. Todas elas devem atuar conforme orientação e com permissão do órgão. Do contrário, a empresa “pode ter a licença suspensa, levar multa de acordo com as infrações ambientais”. Caso seja caracterizado crime ambiental ou minerário, a empresa pode ser paralisada e  perder a  licença, inclusive. As multas variam entre 500 reais e 5 milhões de reais.

Cumplicidade com o rio

(poema da entrevistada Fátima, dedicado ao rio)

Era assim,

a liberdade parecia estar sempre do meu lado.

Quando amanhecia e as gotas do orvalho ainda refletiam a luz do sol que chegava, eu estava lá, olhando o rio que silencioso se movimentava gigantesco no meu olhar de criança.

Sentia o nariz gelado do frio e tentava encontrar a resposta para todos os mistérios que me assustavam e faziam parte do meus pensamentos.

O meu mundo, o mundo que eu tinha disponível era gigantesco, imensurável.

Inúmeras vezes, eu me transportava nas canoas da minha imaginação aos lugares que queria conhecer e buscava saber do destino que teriam aquelas águas, aparentemente tranquilas. Então, ingênua e inocente, jogava garrafas lacradas com mensagens e meu endereço, acreditando que fariam contato comigo. Nunca obtive respostas… Lembro dos dias que ficava solitária junto ao pé de chorão sonhando e esperando. Somente o velho rio sabia dos meus segredos.

Quando o cansaço tomava o lugar dos sonhos, eu corria entre as árvores do quintal da minha infância, brincava com as sombras que se formavam e, vencida pela espera, buscava enfim a segurança da minha casa, acreditando que novas aventuras aconteceriam no dia seguinte.

De tudo, apenas o rio restou, misterioso e desafiador.

Eu sentia orgulho do meu rio e da cumplicidade que tínhamos um com o outro. (Fátima 17.06.2010)

Saiba mais:

Entrevista com empresa de extração:

Entrevista com Gabriel Santos de Souza da FATMA

Reciclar para viver

Moradores de São Miguel do Oeste encontram na reciclagem uma alternativa de fonte de renda

Daniele Schmidt

O dia começa cedo na comunidade Sagrado Coração de Jesus, em São Miguel do Oeste – SC. Às 5h Aline Cardozo sai de casa para catar papel pelas ruas da cidade. Sem emprego, a jovem de 18 anos encontrou na prática de catar papel uma fonte alternativa de renda para ajudar a família. Assim como Aline, José da Silva, 45 anos, também percorre o município com o carrinho que ganhou da Associação de Coletores de Materiais Recicláveis – Acomar.

Atualmente 45 famílias estão inscritas na Acomar. Juntas elas recolhem o material reciclável, separam e organizam para vender às empresas que realizam a reciclagem. No início deste ano a Coca-Cola contemplou a Associação com uma prensa, o que facilitou a venda e armazenamento do material. A máquina possibilita agilidade no trabalho, organização e agregação de valor com o aumento de mais de R$ 0,10 no quilo dos materiais, além do aumento de 25% nas vendas.

Acomar recebe prensa com capacidade para fardos de 250 a 300kg

A Unisol Brasil, Central de Cooperativas e Empreendedorismo Solidário, mantém um projeto junto à Acomar. A empresa realiza cursos gratuitos de reciclagem e quem participa dos cursos ganha uma cesta básica por mês. “Esse projeto é muito interessante, porque se duas pessoas da família participam dos cursos então a família ganha duas cestas básicas e isso estimula a comunidade”, relata a secretária da Acomar, Justina Pereira da Luz.

“Além de ajudar, as cestas básicas servem como um estimulador para que as pessoas venham aprimorar a prática. É necessário que todas as pessoas envolvidas na Associação tenham conhecimento de como reciclar e os cursos tem esse propósito”, explica Daniela Toigo, técnica de trabalho comunitário da Unisol Brasil. Daniela conta também que a empresa desenvolve vários projetos com várias outras comunidades. “A Acomar está inscrita em outro projeto que contempla as associações com maquinário. Quando for contemplada a Associação ganhará um caminhão para realizar a entrega do material”.

http://www.unisolbrasil.org.br/inicio.wt

A empresa de produção de papel, Suavetok, não realiza a reciclagem do material. “A empresa não tem como realizar a reciclagem, mas como temos contatos com empresas que fazem esse trabalho, então compramos da Acomar o material e revendemos para essas empresas. Não temos lucro algum, apenas fazemos para auxiliar a Associação”, relata o gerente da Suavetok, Renato Braga. Além da dela, outras duas empresas da região também realizam a compra do material coletado pela Acomar.

Empecilhos burocráticos

A Acomar existe há quase 20 anos, mas apenas em 2008 a Prefeitura de São Miguel do Oeste doou um terreno para a sede da Associação. No galpão são separados, prensados e armazenados os materiais. Com a construção do galpão a Associação pode inscrever-se em um projeto do governo federal para a aquisição sem custo de máquinas (prensa e picotadeira).

Quando foi contemplada, outro problema surgiu: a construção estava irregular, o terreno não estava no nome da Associação e por isso o galpão, teoricamente não pertencia à Acomar. Sem a regularização da propriedade a Associação não pôde adquirir a picotadeira.

A assistente social da celesc, Maria Carmem Viero, que também está emgajada nos projetos da Acomar explica a situação no áudio abaixo.

A câmara dos Vereadores do município informou que em março deste ano assinou o projeto de regularização da propriedade.

www.camarasmo.sc.gov.br/ver_sessao.php?id=373&cmp=pauta

Ciclo da reciclagem


como reciclar papel

Além de ajudar a natureza, a reciclagem pode servir também para customizar artigos de decoração. Confira nos links abaixo várias formas de reciclar e enfeitar.

http://criscabrera.blogspot.com/2009/03/retalhos-de-papel.html

http://www.dicasverdes.com/2009/04/moveis-reciclados-feitos-com-plastico/

http://koisaskomuns.blogspot.com/2008_01_01_archive.html

http://casadasprendas.no.sapo.pt/noticias/noticias.htm

Sistema de coleta de lixo é destaque no Vale do Itajaí

Com apoio da Prefeitura, Itajaí recicla 70% do lixo que produz

Amaro Paz
Diogo Campos
Pitter Hurmann

Um dos orgulhos de Itajaí está na eficácia do seu sistema de coleta de lixo. Nas mais distintas áreas da cidade é possível encontrar as lixeiras coloridas distinguindo lixo orgânico de lixo seco, em lugares com grande concentração de público, como estádios, praças e a universidade pode se observar a implantação das cinco lixeiras, cada qual para um material especifico.

A coleta seletiva foi implantada pela prefeitura de Itajaí no dia 7 de julho 2005 com grande eficácia e cada vez dá mais atenção e apoio para o processo, tendo em vista o último projeto em que encaminhou até os moradores um formulário que devia ser devidamente preenchido e entregue nos postos de coleta, um compromisso que como cidadãos, os moradores se comprometiam em separar seus lixos.

Vista aérea da Cooperativa

Não depende apenas da iniciativa da prefeitura em fornecer material e apoio ao processo de seleção do lixo, mas também da conscientização da população em fazer sua parte. Elisangela Antunes é diarista na cidade de Itajaí e Navegantes e conta que em todas as casas em que trabalha sempre deixa uma lixeira especifica para lixo seco. “Separo o lixo na minha casa e também nas que trabalho, algumas não faziam isso antes de eu começar a separar”. A diarista ainda conta que em sua casa a quantidade de lixo seco é superior ao lixo orgânico. “Nós usamos apenas uma lixeira para o lixo comum, e usamos quase dois sacos grandes para garrafas, caixas e coisas do gênero”.

Jonatas de Souza é o presidente da Cooperativa dos Coletores de material Reciclável da foz do Rio Itajaí, ele conta que a conscientização dos moradores de Itajaí quanto à coleta seletiva aumentou em muito nos últimos dois anos. Aponta como um dos resultados o incentivo que a prefeitura dá ao movimento, apesar da quantidade baixa de material que é produzido nesta época do ano, o presidente da Cooperativa diz que 70% do que ele recebe já foi devidamente selecionado.

A Cooperfoz segue o exemplo de cooperativas das mais diversas áreas, que são formadas e administradas por associações. Seu papel em Itajaí é o da triagem do material coletado pelos caminhões da prefeitura em toda a cidade. A seleção feita pelos morados é basicamente entre materiais secos e orgânicos, os cooperativos têm a responsabilidade de uma seleção mais detalhada, separando materiais metálicos, plásticos, vidros, tecidos, papéis brancos de papéis de jornal, cada grupo de cooperativos é encarregado de uma parte deste processo.

Jonatas de Souza administra a Cooperativa que conta com um quadro de quarenta e quatro funcionários, e opta pela transparência e clareza na hora da prestação de contas aos seus cooperados, dando a todos o acesso de quanto é gasto nas despesas de base para o funcionamento do estabelecimento. O lucro é igualitariamente dividido entre todos os participantes. “Não há um valor certo, quanto mais nós produzirmos maior será o ganho no final.” A cooperativa opta ainda pelo pagamento semanal devido a necessidades de seus contribuintes.

O período que se estende de maio a setembro, meses mais frios e com menos quantidade de festas e celebrações, o presidente explica que o material que recebem é muito inferior às outras épocas do ano, cerca de sete a nove caminhões por dia, o que acaba atingindo o lucro de cada um no final da semana “Já tive uma semana em que chegou o sábado e cada um recebeu sete reais.” A carga horária da cooperativa assemelha-se ao horário de funcionamento do comércio, fechada aos domingos e aberta aos sábados pela manhã, cabe aos cooperativos decidirem se trabalharão no sábado a tarde. “Sempre há a possibilidade de fazermos hora extra, vai depender de quanto trabalho ficar acumulado.” Explica Jonatas, e acrescenta que as épocas em que isso mais acontece são as festivas, natal, ano novo, e principalmente o carnaval, quando recebem quase vinte caminhões de carregamento por dia.

O grupo de Cooperativos da Cooperfoz é bastante diversificado, contando com pessoas de 20 a 63 anos de idade, cada qual designado para a função que mais se enquadre com a sua vigororosidade física. Jonatas é Cooperativo há nove anos, quando começou no grupo fazia a triagem do papel e trabalhou nas prensas, assumiu a presidência há quase dois anos, e é de sua responsabilidade designar algumas funções. “Na maioria eles mesmo se revezam, mas nem sempre qualquer um pode trabalhar na prensa”. Rafael Oliveira (23) trabalha na prensa e é cooperativo há sete meses. “É um trabalho que exige bastante da gente, eu estou aqui faz tempo, mas tem cara que chega e fica dois ou três dias.” conta Rafael.

Os cooperativos passam o dia em seu local de trabalho, começam às oito horas da manhã e se estende até as seis da tarde, fazem suas pausas em grupo, pois o trabalho é simultâneo e não pode ser feito por um grupo pequeno de pessoas, a própria cooperativa fornece o almoço e faz duas pausas, uma no meio da manhã e outra à tarde.

Localizada na Avenida Reinaldo Schmithausen do Bairro Cordeiros em Itajaí, a Cooperfoz tem o papel de fazer a triagem dos materiais recebidos, O Presidente Jonatas explica que não tem espaço suficiente e local apropriado para armazenamento dos fardos prensados, seu material final. Por conta disso os fardos são armazenados em um galpão a poucas quadras de distância, responsabilidade de Clovis dos Santos, que é o principal contribuinte da Cooperativa, ele compra o material produzido pela Cooperfoz a preço de mercado e se encarrega de armazená-lo e também de direcioná-lo para as entidades especificas, como a indústria de reciclagem de plástico em Santa Lidia.

Anderson dos Santos é o encarregado da equipe que trabalha no galpão de armazenamento do pai, Anderson (17) explica que não recebe materiais apenas da Cooperfoz, mas também de outras cooperativas menores da região, com uma equipe de quatro funcionários fixos há quase nove meses, também fazem o trabalho de triagem de papel, separando e prensando apenas papel branco, que serão enviados para Santa Lidia mais tarde.

Os resíduos orgânicos separados na triagem pela Cooperfoz, e os caminhões que recolhem material orgânico na cidade têm um destino diferente, materiais que não podem ser reciclados de Itajaí e da região são encaminhados para o aterro municipal situado na comunidade agrícola Canhanduba, às margens da BR 101.

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Clique aqui e leia o Trabalho de Conclusão de Estágio de Triciana Guerra Behrens, do curso de Administração da Univali

Manias ou TOC

Descubra se você está entre as pessoas que acham e as que realmente têm o Transtorno Obsessivo Compulsivo

“Geralmente quando chego do trabalho, sento no sofá da sala para assistir televisão. Mas ao olhar para a mesinha de centro percebo que as revistas estão de ponta cabeça. No chão o tapete está torto. Quando olho para a estante, vejo que os livros estão com a capa virada para baixo. Assim é quase que impossível prestar atenção para a TV”. Esse é o depoimento de M., um garoto de 22 anos, que convive com o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Tudo isso parece normal, mas, para muitas pessoas, são as situações mais incômodas do mundo.

O Transtorno Obsessivo Compulsivo, mais conhecido como TOC, nada mais é do que um transtorno de ansiedade. A pessoa que convive com a doença têm pensamentos involuntários repetitivos que geram a compulsão, que é a realização desses pensamentos. De acordo com a Psicóloga Marina Salmória, de Balneário Camboriú, muitas pessoas comparam o TOC com manias do cotidiano. “A mania só é classificada como TOC quando atrapalham no dia-a-dia, na rotina da pessoa”.

As obsessões são maus tratos terríveis ao paciente. A psicóloga com formação em psicanálise e especialista em transtornos, Claudete de Morais,  de Balneário Camboriú, diz que o TOC surge de uma angustia muito grande que a pessoa não sabe o que é, e de repente ela começa a ter pensamentos obsessivos, geralmente de agressão física, ou que vai ser agredido. “Costumo dizer aos meus pacientes que eles “puxam um chicotinho”. Para se libertarem desses pensamentos, eles nem se dão conta, e acabam muitas vezes tendo comportamentos que são as compulsões em busca de um alívio”.

Já existem estudos em torno do assunto, mas as causas do Transtorno Obsessivo Compulsivo são decorrentes de resultados que até hoje não estão bem definidos. Em nossa sociedade nos deparamos com diversas demonstrações de TOC. Guardar coisas velhas como forma de defesa, medo de contaminação através dos alimentos, lavar as mãos inúmeras vezes, a necessidade de guardar coisas inutilizáveis, a necessidade excessiva de organizar e deixar os objetos alinhados, dentre outros.

M. L., 22 anos, estudante, de Balneário Camboriú, trabalha com comunicação e possui todas as características de uma pessoa como outra qualquer, se não fosse o fato de possuir o transtorno obsessivo compulsivo. Maikol lembra demonstrar os sintomas desde a infância, mas que sua mãe não levava em consideração pelo fato de ainda ser uma criança.  “Lembro de não conseguir andar na calçada sem cuidar quanto à questão do branco e do preto”.

Com o passar dos anos, e em conseqüência de sua independência, ele começou a apresentar outros sintomas típicos de TOC. As suas maiores crises são em torno da organização com suas coisas, principalmente com o guarda-roupa. Ele sente a necessidade de organizar tudo, começando pelos cabides. Todos devem estar virados com o gancho para o lado de dentro. As camisetas estão separadas pelas cores e modelos. “Se algo não está como eu quero, eu não consigo me concentrar nas outras tarefas. Até não organizar tudo, o pensamento de que aquilo não está certo não me deixa em paz.

É complexo explicar o que se passa na cabeça de um portador de TOC. Marina explica que as compulsões são como uma válvula de escape dos pacientes, depois da obsessão. Então a pessoa passa a ter um pensamento recorrente, que evolui em sua cabeça, e esse pensamento faz com que ela pare de ter uma atividade normal. Por exemplo, a limpeza. “Ela pensa o tempo inteiro que a casa dela está suja, quando não está, e ela só se acalma quando ela realiza o ato de limpar. E é como se fosse uma coisa repetitiva, ela nunca está satisfeita com aquela limpeza”.

Na maioria das vezes, o fato de haver mais de um familiar com transtorno obsessivo compulsivo, principalmente quando essa pessoa estiver em uma posição de influência sobre os demais, como pai ou mãe, leva aos outros indivíduos a curiosidade de desenvolver certos rituais. É o que aconteceu com M. A educação em casa sempre foi correta, principalmente quanto à organização e os afazeres domésticos, então ele acredita que herdou de sua mãe a mania de organizar tudo. “Eu sempre observava ela quando estava arrumando a casa, e às vezes a ajudava”, diz ele

Pesquisas mostram que pessoas com TOC e seus familiares possuem uma baixa função em áreas cerebrais responsáveis pelo controle do comportamento. As áreas vermelhas marcadas nas imagens são conhecidas como regiões responsáveis por esse controle no comportamento.

Não existe uma idade determinada para que o indivíduo comece a demonstrar os sintomas, mas geralmente procura informação na idade adulta, entre os vinte e trinta anos. Na primeira consulta, é fundamental que seja feita uma investigação sobre a infância dessa pessoa para descobrir a partir de que ponto ela começou a desenvolver o TOC.  Marina diz que “nenhum transtorno surge de uma hora para a outra, ele vai se consumindo também. Existem muitos fatores que contribuem para o desencadeamento disso”.

Com A. S., 45 anos, de Balneário Camboriú, aconteceu da mesma forma. Apenas com seus vinte anos é que procurou ajuda médica para explicar seus pensamentos. Através da investigação, descobriu que desde criança já demonstrava sintomas que permanecem até hoje, como bater a caneta na mesa sem parar, ou bater moedas, ou até mesmo derrubar coisas no chão apenas pelo prazer do ato. “Houve um tempo em que eu acreditava que um espírito estava comandando a minha vida, ou que era coisa do demônio”.

A participação da família no desenvolvimento do tratamento é essencial para que o paciente consiga superar seus transtornos. Ela precisa ter consciência de que aquele indivíduo precisa de uma atenção diferenciada naquele momento. “Mas também tem que tomar cuidado para não se tornar uma família sufocante, ou seja, não deixando o paciente perceber e tornar consciente aquilo que está acontecendo com ele”, explica Marina. Na maioria das vezes, para evitar conflitos, a família acaba se acomodando às exigências do paciente, e até mesmo o apoiando na realização dos rituais.

Tratamento

Não é possível, ainda, curar totalmente os sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo. O que os psicólogos buscam é ensinar os pacientes a administrar suas obsessões e suas compulsões. Entre os tratamentos mais utilizados, está a Terapia Cognitivo-Comportamental, a TCC, que é um estudo aprofundado sobre o comportamento do paciente e sobre os fatores desencadeadores dos transtornos mentais.

Marina acredita que a TCC traga os resultados desejados, por se tratar de uma psicoterapia mais breve, que não aborda apenas quando apareceu o sintoma, mas sim como lidar com aquilo que é fato.

Para Claudete, a união da psicanálise é fundamental junto com a Teoria Cognitivo-Comportamental.

TOC no cinema

Melhor Impossível – Melvin Udall é um escritor de romances quentes e tórridos.  A vida de Melvin é um de intenso ritual de regularidade e controle. Ele se recusa tocar qualquer coisa pública, ou deixar qualquer um tocá-lo.  Enquanto caminha por uma calçada abarrotada, ele luta muito para não pisar em qualquer junta ou rachas. Ele fará sempre um grande esforço para que suas necessidades sejam cumpridas, a fim de que sua vida permaneça ordenada.

O Aviador conta a história de um dos personagens mais fascinantes dos Estados Unidos no século 20. Antes do final da Primeira Guerra (1914-1918), um jovem órfão herda uma próspera empresa texana que produzia caríssimas brocas para perfuração de poços de petróleo. Seu nome era Howard Hughes e ele mostraria ser uma mistura de cineasta, mecânico, gênio e louco. Mas louco é o que deviam pensar as pessoas que conviviam com suas excentricidades. Na verdade, o aviador sofria de transtorno obsessivo-compulsivo, o hoje popular TOC. Porém, naquela época, comer a mesma quantidade de ervilhas toda noite (dispostas de maneira calculadamente milimétrica no prato), não era a coisa mais comum do mundo

Ficou curioso para saber se você é portador do Transtorno Obsessivo Compulsivo? Faça esse teste e confira:
http://www.squizo.com.br/participar.php?squizo=265

Oligoterapia, o tratamento de dentro pra fora

A ciência e a tecnologia avançam juntas no atendimento estético possibilitando a reposição dos oligoelementos no corpo humano.

Fernanda Luiza Muller Dellagiustina

Joecy Henings

Jônata Gonçalvez da Silva

Procedimento da oligoterapia

É frequente a procura por tratamentos estéticos milagrosos e a promessa de um corpo perfeito chama cada vez mais a atenção da maioria das mulheres e também dos homens.

Nesse sentido, a tecnologia veio para contribuir com os desprazeres da rotina que são quase inevitáveis. Dores de cabeça, instabilidade emocional, queda de cabelo, ansiedade, unhas fracas, falta de memória podem ser tratados pela oligoterapia, ou como também é conhecida, medicina funcional.

Esta ciência foi criada em 1932 pelo médico e estudioso Jacques Menetrier, na França. Esta técnica promete tratar as disfunções do corpo e da estética através dos oligoelementos (minerais). Estes minerais, como o cobalto, enxofre, manganês, níquel, silício, estânio, potássio, ferro, iodo entre outros são encontrados em pouca quantidade em nosso corpo.

A medicina funcional foi trazida para o Brasil há cerca de dez anos. Na cidade de Balneário Camboriú uma clínica pioneira na área de oligotecnologia, a Oligoflora trata as disfunções do corpo e da mente através da oligoterapia.

Segundo a oligoterapeuta Ana Caroline Pasqualotto, é através da alimentação que nosso corpo produz esses sais minerais, porém hoje os hábitos alimentares estão cada vez menos saudáveis e, portanto, sem a presença desses minerais que precisamos para o equilíbrio funcional do corpo.

Pasqualotto explica que para que seja feita a reposição desses oligoelementos (minerais), é realizado um mapa metabólico para avaliar qual a deficiência e o tratamento que será utilizado.

A cosmetóloga Érica esclarece o que é e como ocorre o processo de ionização feita nas clientes. No vídeo abaixo, é feita uma demonstração do tratamento com oligoelementos através da corrente galvânica.

Solange Meinerz, paciente da Oligoflora, relata que procurou a clínica em um período muito conturbado de sua vida. A insatisfação com o seu peso excessivo e a falta de ânimo em várias atividades do seu cotidiano que isso proporcionava, a deixa infeliz. “Procurei vários tratamentos e em nenhum deles consegui o que queria. Até comecei a passar mal com alguns medicamentos que prometiam ser milagrosos”, confessa Meinerz. “Quando conheci a proposta de desintoxicação e reposição de minerais com a ajuda profissional e avaliação metódica, foi um passo até a realização de meus objetivos, pois um tratamento estético de dentro para fora foi a primeira vez que conheci e confesso que me arrependo de não ter procurado antes”, completa. Após dois meses de tratamento, Solange emagreceu 9kg. Sua vida social e sexual melhorou. Combinando exercícios físicos e alimentação fragmentada, os benefícios que a oligoterapia oferecem foram visíveis.

Cuidar da saúde emocional também é importante

Trabalhar com a estética corporal de pacientes que buscam a saúde de seu corpo é delicado e exige o profissionalismo necessário para que os resultados sejam satisfatórios. A questão da auto estima está diretamente relacionada com o se gostar. O indivíduo que não se sente bem e à vontade com alguma particularidade de seu corpo terá consequentemente o seu bem estar afetado, seja nos relacionamentos interpessoais, sociais, amorosos, enfim, com tudo ao seu redor e com ele mesmo.

É importante que esse trabalho seja feito por pessoas qualificadas, éticas e, sobretudo, com conhecimento científico. O psicólogo Pedro Antônio Geraldi, alerta que o profissional deve interpretar o desejo de quem busca o tratamento. Se o que é procurado é só um caso de estética ou não. “O grande problema é a busca excessiva pela beleza. Indivíduos que identificamos certo extremismo nessa busca pela saúde estética podem causar futuros problemas emocionais e corporais. Como é o caso de pessoas com bulimia”, orienta Geraldi.

O psicólogo esclarece também que é preciso ter cuidado com as implicações emocionais de um determinado tratamento ou medicamento que o cliente inicie. Frustrações originadas de pacientes que não obtiveram os resultados desejados podem agravar sutis problemas emocionais.

O pensamento positivo de pacientes em seus tratamentos é algo que é muito estudado e que não tem ainda comprovação científica que defenda sua eficácia. Porém, Pedro Antônio Geraldi acredita que partindo do princípio que determinado indivíduo que busca o seu benefício, seja emocional ou físico, terá mais êxito nos resultados do que uma pessoa cética.

Equipamento utilizado para a oligoterapia

Da ideia na cabeça ao chopp no copo

Empresário brusquense fabrica chopp encorpado e consistente e cria cervejaria que é  “zehn”

Hamilton da Silva

Marco Aurélio Kistner



Em 2002 um grande apreciador de cerveja chamado Hylário Zen teve a iniciativa de fabricar seu próprio chopp e logo iniciou a produção de 100 litros por mês. “O sabor inigualável se espalhou entre os familiares e amigos, levando a aumentar a produção”, explica Zen.

Assim, em 24 de outubro de 2003, foi fundada a Zehn Bier, realizando um sonho de produzir um chopp artesanal com as verdadeiras características alemãs de puro sabor. Zehn significa “dez” em alemão, que é a proposta da cervejaria. Numa era de culto à tecnologia, o chopp artesanal segue firme na proposta de valorizar as tradições.

Produtos

Hilário Zen ressalta que a principal característica do Chopp Zehn Bier é a de não ser filtrado, o que deixa a bebida mais consistente e encorpada. “O processo de maturação e fermentação formam um produto de sabor inigualável. Sem qualquer adição de produtos químicos o chopp é testado, embarrilado e engarrafado diretamente dos tanques”.

O chopp, como outras bebidas alcoólicas, segue sempre uma determinada classificação. Pode ser de acordo com o teor alcoólico, tipo de extrato utilizado, características do malte ou ainda o tipo de fermentação.

A bebida Pilsen, chopp ou cerveja, é a mais consumida no Brasil e tem esse nome por se utilizar de um tipo específico de malte chamado Pilsen – originário da cidade de Pilsen, na República Checa. Suas características incluem a utilização de extrato primitivo e baixa fermentação (baixo teor de extrato que resulta em um sabor menos amargo no produto final) durante a fabricação. A Pilsen também é reconhecida por sua cor clara e teor alcoólico médio (de 3% a 5%). Existem centenas de tipos de chopp em todo o mundo; desses, a imensa maioria pode ser classificada em Ale ou Lager. As cervejas do tipo Ale são produzidas por meio de alta fermentação (fermentação induzida por altas temperaturas) e as do tipo Lager utilizam-se de baixa fermentação (a temperaturas baixas). As cervejas Pilsen e Bock, mais comuns no Brasil, são classificadas como Lager, consideradas mais leves e secas que suas irmãs Ale, cujo principal expoente é a irlandesa Guinness.

Chopp Porter:

Sua produção é de origem inglesa e fabricada a partir do processo de fermentação alta, assim chamada porque ela ocorre a uma temperatura elevada, fato que leva as leveduras a subirem à superfície deixando a cerveja escura, forte e encorpada. Produzido com três tipos de malte (Pilsen/Pilsen Torrado/Pilsen Caramelo) tem o teor alcoólico mais acentuado.

O idealizador da Zehn Bier em Brusque aproveitou para comercializar, “Os dois tipos de chopp estão a disposição em barril de 10, 20, 30, 50 litros e garrafas de 600ml e Long Neck de 355ml”.

Hilário Zen ressalta que, atualmente, a Zehn Bier atende a maior parte das festas de outubro em Santa Catarina e fora do estado também. “Nós cumprimos uma lei, denominada “Pureza da Cerveja”, e o nosso produto vem sendo bem aceito e procurado para as mais diversas confraternizações através do nosso disque chopp. Como servimos aqui na Zehn Bier, é servido nas festas também, com a mesma qualidade e sabor”.

O empresário diz que o sabor do produto não altera no transporte quando é solicitado. “O chopp é embarrilado e engarrafado diretamente dos tanques, e isso ajuda”.

A Reinheitsgebot ou Lei da Pureza  da Cerveja

Guilherme IV, duque da Baviera (região alemã onde está Munique), no dia 23 de abril de 1516, assinou a Reinheitsgebot, a Lei de Pureza da Cerveja – a qual determinava que a cerveja local, só poderia, dali em diante, ser produzida utilizando-se apenas água pura, malte e lúpulo. O fermento, por sua vez, foi incluído nesta lei algum tempo mais tarde, uma vez que ainda não era conhecido.

Veja a Lei na íntegra:

“Como a cerveja deve ser elaborada e vendida neste país, no verão e no inverno: Decretamos, firmamos e estabelecemos, baseados no Conselho Regional, que daqui em diante, no principado da Baviera, tanto nos campos como nas cidades e feiras, de São Miguel até São Jorge, uma caneca de 1 litro (1) ou uma cabeça (2) de cerveja sejam vendidos por não mais que 1 Pfennig da moeda de Munique, e de São Jorge até São Miguel a caneca de 1 litro por não mais que 2 Pfennig da mesma moeda, e a cabeça por não mais que 3 Heller (3), sob as penas da lei. Se alguém fabricar ou tiver cerveja diferente da Märzen, não pode de forma alguma vende-la por preço superior a 1 Pfennig por caneca de 1 litro . Em especial, desejamos que daqui em diante, em todas as nossas cidades, nas feiras, no campo, nenhuma cerveja contenha outra coisa além de cevada, lúpulo e água. Quem, conhecendo esta ordem, a transgredir e não respeitar, terá seu barril de cerveja confiscado pela autoridade judicial competente, por castigo e sem apelo, tantas vezes quantas acontecer. No entanto, se um taberneiro comprar de um fabricante um, dois ou três baldes (4) de cerveja para servir ao povo comum, a ele somente, e a mais ninguém, será permitido e não proibido vender e servir a caneca de 1 litro ou a cabeça de cerveja por 1 Heller a mais que o estabelecido anteriormente”.

Guilherme IV, duque da Baviera, no dia de São Jorge (23 de abril), no ano de 1516, em Ingolstadt

A medida foi tomada após o duque ter se embriagado de bebida de má qualidade, o que o deixou irritado e o fez promulgar a lei.

No Brasil as cervejarias artesanais, preocupadas com a qualidade do produto oferecido, como a Zhen Bier, também seguem a lei. Além da mais alta qualidade das matérias primas utilizadas, a Zehn Bier conta com altíssimos índices de higiene e limpeza em todos os processos controlados pelo seu próprio laboratório, tendo sob responsabilidade do seu mestre cervejeiro Curt Zastrow, conhecido e referenciado em todo país, diplomado em Munique no ano de 1972.

Zastrow explica que a qualidade dos produtos é fundamental para uma boa bebida. “Temos grande controle nas matérias primas que compramos, fazemos análises e testes para oferecer o melhor produto aos nosso clientes”.

Zehn Bier:

O nome Zehn Bier foi dado a partir de uma alteração do sobrenome da família Zen, acrescentando a letra “H”, letra inicial do nome do fundador “H”ylário, o resultado dessa alteração é Zehn, que significa dez em alemão.

VÍDEO

As mídias sociais digitais invadem o mercado empresarial

Cristielle Mara Pereira
Christian Schlögl
Carla Querubim

Com o avanço da tecnologia, as empresas sentem a necessidade de aproximação com seus clientes. A maioria das empresas, além de divulgar sua marca, quer conhecer os desejos e a satisfação do seu público. Por isso, muitas marcas investem em sites de relacionamentos entre outras mídias para divulgar e manter uma relação de proximidade entre a marca e o consumidor. Através da internet o consumidor passou a exigir mais de suas marcas favoritas. As pessoas, agora, acompanham os sites das empresas tanto para reclamar quanto para sugerir e opinar em melhorias para serviços e produtos.

Muitas empresas utilizam o Orkut para conseguir aproximação e admiradores. Através de um bom relacionamento, o consumidor sente-se parte da empresa, e acaba fazendo propaganda a favor, um exemplo são as comunidades Eu Amo Coca-Cola, Queremos Bis 200 Unidades, entre outras. O consumidor nesse caso faz marketing positivo para empresa, e quando não foi bem atendido, ou adquiriu um produto de péssima qualidade, faz críticas, o que de certa forma prejudica a imagem da empresa ou organização. Hoje o consumidor tem liberdade para trocar de marca, e as redes sociais interferem nas suas escolhas.

Outro exemplo acontece através do Twitter uma ferramenta de relacionamento que a cada dia possui novos seguidores. No Twitter, as empresas podem manter atualizadas novidades sobre suas marcas, promoções e lançamentos, mantendo uma relação de credibilidade com seu público. Hoje pode-se dizer que o Twitter está sendo mais utilizado que o email e o próprio Orkut. Marcas mundiais famosas como Nokia, Rede Globo, Submarino estão no Twitter.

Mara Costa e Silva, gerente de Marketing do Avon em Santa Catarina, garante que produtos de qualidade merecem atenção especial. “Não podemos simplesmente vender algo, precisamos acompanhar o resultado obtido. As pessoas quando adquirem um produto qualquer, estão acreditando em seus benefícios, e no mundo dos cosméticos há uma vasta gama de empresas, por isso é fundamental o uso de plataformas como o orkut e o twitter pela nossa empresa.”

A internet assume o papel de feedback espontâneo. A parcela de consumidores que procura a empresa é muito pequena, mas as opiniões são registradas a cada dia mais, nas redes de relacionamento. Silva diz que através desse contato, é possível reformular as fórmulas dos produtos ou mudar a aparência das embalagens. “É uma verdadeira pesquisa de mercado instantânea e atual.”

Simone Lopes é consultora de marketing e trabalha como autônoma fazendo consultorias para empresas de médio porte nas cidades de Itajaí e Navegantes.  Ela considera essencial para uma empresa a preocupação com a mídia, e a aproximação com seu público através das redes socias. “Ter contato com seu consumidor é uma maneira de se manter fiel a ele, e estar atento às suas necessidades.” O bom relacionamento com seu público, para ela, reflete diretamente na imagem da empresa, e hoje imagem é tudo.

As redes sociais são canais altamente poderosos para a realização de pesquisas sociais e de consumo. Hoje, o cliente procura formas para expor suas insatisfações e satisfações, e se uma empresa não possui esse canal ela acaba perdendo. As empresas de médio porte são hoje as que mais apostam nas redes sociais. Essas empresas são na maioria dos casos empresas com planejamento e organização, ou empresas futuristas com visão em longo prazo que esperam obtenção de lucros a cada cinco anos.

Confira aqui mais informações sobre empreendedorismo na internet.

Negócios na rede

Traçando um paralelo histórico com a prática comercial não faz lá tanto tempo assim que o homem se utilizava apenas do chamado escambo, a troca direta de mercadorias, corpo a corpo, cara a cara, até mesmo sem a utilização de moedas ou similares. Era produto/serviço por produto/serviço. Comparado a isso as novas formas de comunicação no Brasil chegam a parecer mágicas para os usuários que dela se utilizam para fazer negócios.

É o caso de Jorge Carlos Cerqueira, proprietário de uma empresa de representação em Cariacíca, no Estado do Espírito Santo. Perto de completar 60 anos não se intimida com as dificuldades ocasionais de quem viveu no que ele chama de, praticamente, outro mundo, em que nenhuma das facilidades e encurtamentos na distância e nas formas de comunicação ainda sequer existia. Para isso conta com a ajuda da filha Claudia Cerqueira.

Assim não apenas o contato com as representadas em várias partes do país, como uma empresa de pesca em Itajaí – SC, como com muitos de seus clientes o contato se dá quase que exclusivamente através de duas ferramentas: o MSN e o Skype; bloqueado em muitas empresas por considerar distração para os seus funcionários, o fato é que são quase imprescindíveis para reduzir custos de telefonia bem como agilizar os contatos.

Com Marcelo Jardelino de João Pessoa na Paraíba que também trabalha com representação comercial, a história é a mesma no caso das necessidades e usos da internet, no entanto até mesmo por sua geração estar habituada com isso não sente maiores dificuldades e até mesmo está habituado com todas as essas ferramentas que facilitam seu serviço. É jovem, tem um pouco mais de trinta anos como ele mesmo se anuncia e acompanhou de perto a evolução e o uso das tecnologias no mesmo ritmo. Ele usa quase que exclusivamente o MSN no seu trabalho. Usa o MSN como ferramenta de comunicação.

Não apenas esses exemplos de profissionais liberais, mas cada vez mais as pequenas e médias empresas, estão se familiarizando cada vez mais com as facilidades atuais no reino da comunicação virtual, aplicada para o desenvolvimento de seus negócios. É assim com Patrick Pierre Dauer de Itajaí que há dois anos vê o crescimento de sua gráfica ligada a utilização que faz desses recursos. Chega a garantir que 90% dos pedidos de trabalho que recebe bem como o retorno ao cliente e a finalização do serviço se dão por meios eletrônicos.

É assim que, utilizando o MSN (com função de chat no próprio site da empresa), ele facilita o contato com quem precisa, também usa o Skype e procura divulgar em todas as mídias que tem acesso a sua empresa, como Orkut, twitter, facebook e outras. Uma importante ferramenta usada em sua empresa, pelo ramo de atuação e tamanho de arquivos com os quais trabalha é o protocolo de transferência de arquivos conhecido com FTP, que permite a troca de arquivos entre servidores.

Também na faixa dos trinta anos cresceu junto com a atual revolução das máquinas no Brasil e elas já fazem parte do seu dia a dia, sendo o seu conhecimento praticamente considerado habitual. Ler seus e-mails diariamente, isso, ele compara a escovar os dentes por exemplo.

Com ele concorda Chaiane Simmler, uma Webdesigner de Itajaí, Santa Catarina, mas com clientes espalhados por vários estados do Brasil. No momento em que falava sobre as facilidades de comunicação, estava trabalhando também num projeto para um cliente de Belém do Pará. Duas ferrramentas que ela não dispensaria são o MSN e o Skype. Para ela, com a web 2.0 faz tempo que a Internet deixou de ser um mural de recados para ser uma poderosa ferramenta de marketing afinada com a identidade de uma empresa.

Marketing high-tech

Ir até onde o consumidor esta é uma máxima do marketing moderno. As redes sociais são o principal ponto de encontro de um internauta e, de toda a nova geração que tem a vida voltada para o contato com a internet. A IBM prevê que até 2012 serão 800 milhões de usuários. As empresas, para acompanhar a tendência, mergulharam no relacionamento on-line e estão incluindo em sua equipe o gestor de mídias sociais.

O profissional tem a função de identificar oportunidades e analisar qual a melhor forma de sua empresa explorar as mídias sociais que fazem sucesso na internet. Entre as funções descritas nas vagas para esta área estão o gerenciamento da marca na internet e a monitoração das principais mídias sociais. Os principais requisitos costumam ser formação em comunicação, marketing ou tecnologia, familiaridade com as ferramentas da internet e domínio da língua inglesa.

Uma pesquisa realizada pela NetProspect, em maio, faz um levantamento das empresas mais sociais da América. O critério da pesquisa considera o número de funcionários que exercem funções relacionadas diretamente às mídias sociais. O vencedor foi a Microsoft, com 306 colaboradores. O Google alcançou a quinta colocação, atrás de nomes como Walt Disney e eBay.

No mundo das pequenas e médias empresas ainda fica difícil ter um profissional exclusivo para o gerenciamento destas mídias. Por outro lado, não é por isso que o investimento nas ferramentas deve ser esquecido. Letícia Clivati, responsável pelas ações de comunicação e marketing da construtora Riviera reconhece a importância das redes sociais no relacionamento com os clientes de hoje. “Há um leque de opções de redes sociais e isso, de certa forma, ajuda a segmentar alguns perfis de públicos, e ainda facilita na hora de trabalhar com comunicação dirigida”.

No segmento de construção civil, Clivati ainda revela que a relação com o cliente é muito personalizada. Nesses casos, consultar o perfil de um possível comprador de imóvel para entender quem é e do que ele gosta pode ser uma carta na manga para conquistá-lo. Para ela, “com a competitividade de hoje no mercado, quanto melhor se conhece seu público, maior as chances de encantá-lo, e nesse ponto as redes são uma pesquisa de perfil espontânea”.

Para os pequenos empresários, que ainda não podem contratar um profissional especializado há alternativa. Softwares como o Scup ajudam a monitorar o nome de empresas e assuntos de interesse do pesquisador nas principais mídias. O programa ainda apresenta informações estatísticas e traz gráficos para análises. O próprio Scup mantém um blog com dicas para que os iniciantes possam aproveitar a internet como estratégia de negócio.

Confira mais informações sobre as principais redes sociais

Extras

Saiba o que é web 3.0 (em inglês)

Confira o áudio:

Glossário das Redes Sociais

O Som alto que atrapalha

População reclama desse meio informativo usado de maneira que prejudica a saúde e ao meio ambiente

Alexssandra Mezzomo
Miriany Kátia Farias

Eles não respeitam horá­rios, finais de semana, es­colas e hospitais”, indaga a aposentada Ida Maria Peixoto. E não é somente ela que reclama desse tor­mento, muitas pessoas tem se mos­trado enfurecidas com os carros de som que passam por lugares públi­cos e não baixam o volume do som. A emissão irregular de sons ocasiona perturbação à segurança no trânsito, a qualidade de vida, ao sossego pú­blico e ofende o meio ambiente, por isso a questão dos carros de som en­volve vários aspectos legais.

Nossa reportagem entrou em contato com a advogada Nicolly Eli­cha Cordeiro Paulo que informou a não existência da proibição na utili­zação dos carros de sons. “A proibi­ção é na utilização inadequada quan­to ao volume e freqüência desses equipamentos”, garante. “Eu acho perturbante quando estou no culto e passam esses veículos, tira toda con­centração”, diz a refiladeira Maria Fernanda Rodrigues, 28.

Estudos científicos demons­tram que o volume excessivo e a poluição sonora provocam sérios prejuízos à saúde, comprometendo os aspectos físicos e mentais das pessoas. Também o uso inadequado desses equipamentos, que produzem sons que perturbam o sossego públi­co, segundo o Código de Trânsito, gera infração grave, pena de multa e pode acarretar inclusive na apreen­são e remoção do veículo para regu­larização.

Em consulta ao departamento jurídico da Prefeitura Municipal de São João Batista, há uma Lei Com­plementar 23/2009 que exige prévia licença e o pagamento de taxa para utilização desse tipo de publicidade, não dispondo nada sobre a forma per­mitida para realização da atividade.

A enfermeira do Hospital Mon­senhor José Locks, Claudete Melzi diz que os carros passam em frente ao hospital com som alto e às vezes bu­zinam. “Irrita, pois a Ala Infantil fica de frente para a estrada, uma falta de respeito”, reclama a enfermeira.

Com relação às normas de trânsito, a intensidade do volume na propaganda através do carro de som pode causar desatenção e perturba­ção aos sinais sonoros de trânsito, como, por exemplo, as ordens dos agentes de trânsito. A competência da fiscalização também compete às autoridades policiais, devendo reter os veículos que não obedeçam aos padrões exigidos para a realização dessa atividade.

Segundo a psicóloga Eliandra Soligo, são vários os pacientes que procuram consultórios psicológicos devido ao stress diário, causado principalmente por ruídos externos. “Esses ruídos do dia a dia, podem gerar prejuízos a saúde do ser humano, como a perda de audição, interferência na comunicação, agressão ao sono e até mesmo problemas cardíacos”, explica.

A advogada confirma a falta de fiscalização dos órgãos públicos e agentes de trânsito, para prevenir a ocorrência e reprimir a prática abusi­va desse tipo de atividade na cidade.

“A Polícia Militar do nosso mu­nicípio não dispõe do decibelímetro – aparelho para medir a emissão dos ruídos produzidos. De qualquer for­ma, isso não impede a fiscalização e o enquadramento do infrator em outros dispositivos legais”, informa Nicolly Elicha.

Resta, agora, que as autoridades se unam e tomem algumas providên­cias para que a Lei Complementar seja modificada, com horários e lo­cais específicos para veiculação das propagandas em carros de som.

Outro lado

Carros de propaganda costumam perturbar principalmente em horários de descanso.

A reportagem entrou em con­tato com o proprietário da Mídia Sonorização, uma das empresas que fornecem esse tipo de serviço em São João Batista. Lucas de Quadros se posiciona em relação às reclama­ções. “Minha empresa tem alvará da Prefeitura Municipal e da Polícia, e está habilitada para realizar os ser­viços de propaganda de rua”, afirma ele. Segundo Lucas, todos os funcio­nários da Mídia são treinados para desligar o som em frente aos órgãos públicos.

Como salvar o rio Itajaí–Mirim

E os desafios das famílias ribeirinhas que vivem sem saneamento básico

Bruna Cortez
Daiane Benso
Sidnei de Almeida

Às margens do rio Itajaí – Mirim você encontra a família do comerciante, Salvador Antunes de Oliveira, 52, que mora com esposa e filhos – um total de 10 pessoas. Sem saneamento básico, eles usam bacias para tomar banho e vão levando a vida como podem. As dificuldades que essa família enfrenta ficam estampadas logo na entrada do pátio da pequena e humilde casa em que vivem. Para piorar, nos pouco mais de 100 metros do terreno, moram outras duas famílias. Todos sem saneamento básico, vivendo amontoados em casebres. Não muito longe, na outra esquina, você encontra belas casas, com famílias de classe média. Todas com carros estacionados na garagem. Marcantes diferenças sociais aos olhos de qualquer um que passa por lá, até das autoridades locais que ignoram esse problema.

O comerciante mora na avenida Nilo Simas, no bairro Cidade Nova,  em Itajaí/SC, às margens do rio, há mais de oito anos. “Para os moradores daqui nunca existiu saneamento”, lamenta. Por não possuir saneamento básico, os moradores usam o rio como um depósito de lixo. Restos de comida, papéis e pedaços de madeira se juntam a pouca mata ciliar que ainda resta à beira do Itajaí – Mirim.

Em dias de chuva, a situação é ainda mais alarmante. O rio enche e os moradores sofrem as consequências. “Sempre alaga tudo aqui. Minha casa já alagou várias vezes”, confessa o pedreiro Osmar Antunes, 41, que mora no local há apenas dois meses. Esse problema é antigo. A maioria das casas são de invasões de moradores que não possuíam condições de comprar um terreno em algum bairro da cidade. Assim foi se formando um pequeno povoado no local. Hoje conhecido como parte do bairro Cidade Nova, popularmente chamado de Promorar, a situação virou um desafio para as autoridades locais. De acordo com o secretário de Obras de Itajaí, Tarcísio Zanelatto, existe um projeto em andamento que visa implantar o saneamento básico para todos os bairros da cidade até 2018. Além do longo prazo para a conclusão das obras, o secretário ressalta que nem todos serão contemplados com o projeto. “Nós só daremos saneamento básico para as famílias que pagam IPTU e taxas residenciais para a prefeitura. Todas as famílias que invadiram o local não receberão o saneamento. Pretendemos deslocá-los para casas populares fornecidas pela prefeitura”, completa. No entanto, o secretário também não soube informar quando ocorrerão essas transferências e doações de novas casas para as famílias ribeirinhas.

Não bastasse o problema da falta de condições básicas de moradia para as famílias ribeirinhas, o rio sofre com a forte poluição desses moradores. A falta de conscientização é o principal quesito para a destruição em massa das águas do Itajaí – Mirim. Os danos causados ao ambiente são múltiplos, desde a diminuição da qualidade da água para uso humano, produção agro-industrial, animais e para a vegetação. Assim garante o professor de Biologia e Ciências Naturais da Univali, Danilo Campestrini. “As atividades de uso doméstico e industrial da água que ainda hoje retorna sem o devido tratamento, apesar dos esforços de saneamento básico e do uso racional, também ocasionam a poluição”.

Por outro lado, os órgãos fiscalizadores de Itajaí deveriam monitorar essas irregularidades, mas não o fazem. Assim garante seu Salvador. “A Fundação Municipal do Meio Ambiente (FAMAI) teoricamente precisa fiscalizar os danos ambientais causados ao meio ambiente, mas eles só aparecem por aqui para monitorar aterros sanitários”.

De acordo com o diretor de recursos naturais e de resíduos da Famai, Francisco Carlos do Nascimento, o Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e Infra-estrutura de Itajaí (SEMASA), tem a função de fiscalizar a qualidade da água do rio. “Não sei na prática, mas o Semasa precisa semanalmente comparecer nesses locais para fazer um laudo do rio”. Para reforçar a questão da preservação do meio ambiente o diretor garante que está fazendo o possível para diminuir a poluição do rio. “Estamos construindo a Rede Coletora e Sistema de Tratamento de Esgoto Coletivo. Quando estiver pronta, todos os esgotos da cidade serão ligados a ela. Isto solucionará o problema de esgotos domésticos”.

Principais problemas do rio

Conforme Danilo Campestrini, a situação do Rio Itajaí – Mirim é preocupante pelos seguintes motivos:

Falta de iniciativas por parte das autoridades governamentais sobre as questões do meio ambiente. “Observem a proposta de modificação do Código Ambiental, segundo penso um retrocesso. Enquanto resolve problemas de alguns, por exemplo, a redução da preservação das margens dos rios de 30 metros para apenas 7,5 metros, cria a falsa impressão que os novos limites serão, finalmente, preservados.”

As atividades de mineração, terraplanagem e o uso da água para agricultura e consumo tendem a aumentar rapidamente o que torna o rio ainda mais vulnerável. As barragens e as pontes se tornam a cada dia um perigo maior para a vida do rio.

Falta de tentativas para a recuperação das matas ciliares. “Basta observar que o canal retificado há mais de 40 anos ainda não mereceu um projeto de vulto para a sua recuperação”.

O crescimento da cidade, especialmente a de Itajaí, estrangulando a área da foz do Rio Itajaí Açu e Itajaí Mirim. “Este sem dúvida é o mais grave problema enfrentado hoje pela administração municipal da cidade. Se, por um lado, não pode frear o especulativo mercado imobiliário, por outro, não pode se eximir da responsabilidade das catástrofes anunciadas com as grandes enchentes”.

Adequações

De acordo com o Oceanógrafo, Mestrando em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Sócio-Ambiental pela UDESC e Ambientalista, Caio Floriano dos Santos, é preciso fazer algumas adequações para evitar a total destruição do rio. “Além da implantação do saneamento básico em toda a bacia, é necessário a remoção da população que mora às margens do rio”. Segundo ele, a situação é reversível, mas para isso é necessário vontade política e uma mobilização da sociedade civil. “Cabe ao poder público tomar uma atitude pró-ativa, principalmente no que se refere ao planejamento urbano municipal. No entanto, o que vemos normalmente é um total descaso e falta de coerência nas ações do poder público”.

Dados técnicos sobre o rio Itajaí-Mirim

Veja mais sobre o assunto em PDF:

http://dspace.universia.net/bitstream/2024/210/1/Pinto_RioGrande_RJ.pdf
http://www.bvsde.paho.org/bvsaidis/mexico26/vi-007.pdf
http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/online/ADM096.pdf

Saiba mais:
http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt5.html
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_doce/poluicao_da_agua.html
http://www.adital.com.br/site/noticia2.asp?lang=PT&cod=25533

Poluição dos rios